domingo, 22 de janeiro de 2017

The School of Life: Auguste Comte



Always interesting and entertaining, The School of Life presents Auguste Comte*:

"The 19th century thinker Auguste Comte invented a religion without a God in it. It was a fascinating move that deserves to be studied today."

* In the video, The School of Life get some facts wrong about Positivism in Brazil. Unfortunately, the Temple of Humanity in Rio de Janeiro isn't open until this day (the video was published in May 2016), because since 2009 it's closed to the public due to a big crack in the ceiling. Also, besides Rio, the city that was most influenced by Comte's ideas was Porto Alegre, where you can find still open the only Temple of Humanity built from scratch to that purpose.

"The Last Religion"



Director: Hugo Pinto
Production: Hugo Pinto and Luísa Sequeira (Director of Photography)
Co-production: Um Segundo Filmes (Portugal)

They had been around during the Proclamation of the Republic and even designed the national flag, but only a few in Brazil are aware of the historical significance of the Positivists – the followers of the doctrine created in the nineteenth century by the French philosopher Auguste Comte.

Brazil, home of samba and football, home of Christ the Redeemer and Candomblé, is the unlikely place where we can find alive the legacy of a thinker who believed in the liberating power of scientific knowledge.

Regarded as the founder of Sociology, Comte believed that the world could only be explained by science and that faith would be replaced by reason.

Comte rejected supernatural deity, but nevertheless saw religion as an important instrument to unite people around a common idea, as well as a moral order, against the anarchy of selfishness.

Based on universal love and his own newly invented concept of "altruism", Comte founded the Religion of Humanity.

In his vision he saw the Temples of Humanity built around the world, but that only happened in Brazil, in the cities of Rio de Janeiro and Porto Alegre.

"The Last Religion" is a documentary that traces Positivism in Brazil since its inception until the present day.

Filmed in Rio de Janeiro and Porto Alegre, "The Last Religion" introduces the ideas and the people who still believe in a world dominated by knowledge and selflessness as means to combat the two of the greatest global problems: religious fundamentalism and capitalism's closed horizons.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Imagens de "A Última Religião"






Fotogramas retirados do documentário "A Última Religião", realizado por Hugo Pinto em co-produção com Um Segundo Filmes.

Artigo do NYT sobre a Igreja Positivista do Brasil



(© Nadira Shira / The New York Times)





Entrevista no jornal Ponto Final


(abrir as imagens noutro separador para poderem ser ampliadas)

Entrevista ao Ponto Final.


"A Última Religião" na Agência Lusa

Notícia da Agência Lusa (05/09/2015)

Documentário português retrata 'A Última Religião' no Brasil



(Na foto: Hugo Pinto / © Luísa Sequeira)

Um jornalista português retratou em documentário as origens, o culto e a minoria seguidora da "Última Religião" - a da Humanidade -, com marca em símbolos nacionais do Brasil onde figura, aliás, um último reduto.

Documentário de estreia do jornalista português Hugo Pinto, de 35 anos, radicado em Macau, versa sobre Religião da Humanidade, sem Deus e dos Homens, concebida pelo filósofo francês Auguste Comte, no século XIX, que tem o único "templo" de portas abertas na cidade brasileira de Porto Alegre.

"O tema congrega quase todas as minhas áreas de interesse: a filosofia, a religião, a ciência e a História. Depois, sempre me fascinou o interesse que Auguste Comte tinha em criar uma ciência da organização da sociedade e a forma como pensou todos os seus elementos estruturantes", explicou Hugo Pinto.

O documentário foi filmado no Brasil, onde esteve aproximadamente um mês para conhecer a influência de uma religião, em cujos princípios Hugo Pinto vê atualidade: "Há ideias que fazem sentido, que se mantêm muito oportunas, como o altruísmo, um termo que o próprio cunhou".

A doutrina positivista de Comte influenciou inclusive a própria História do Brasil, onde tem hoje o último bastião. "Estiveram na Proclamação da República e até desenharam a bandeira nacional, no entanto, poucos conhecem a importância histórica dos positivistas", ignorando, por exemplo, que "a 'Ordem e Progresso' é um lema do positivismo".

"A doutrina, em voga na ala militar, cujo movimento levou à proclamação da República, teve em Miguel Lemos e em Raimundo Teixeira Mendes, dois intelectuais que foram estudar para Paris, então centro do mundo, os grandes promotores das ideias positivistas", importadas, portanto, pelas elites para um Brasil carente de reformas e ávido de mudança.

"Quando regressaram, primeiro criaram o apostolado positivista, mais tarde, a igreja positivista do Brasil, e esse foi o grande centro difusor. Imprimiram centenas de panfletos, explicando as ideias e abordando diversos temas, como a importância da laicidade, do respeito pelas populações indígenas, (...), das leis trabalhistas. Todas estas são conquistas que reclamam como grandes legados deixados pelos positivistas", observa.

Um dos aspetos que o surpreendeu foi o facto de ideais como a laicidade terem penetrado num país maioritariamente católico que tem, aliás, o Cristo Redentor como um dos principais símbolos. "Foi outro dos motivos pelos quais esta história me fascinou, porque é, de facto, um terreno imensamente fértil para as religiões, até para a da Humanidade".

Comte "acreditava que o mundo só poderia ser explicado pela ciência e que a Fé seria substituída pela Razão", rejeitava um Deus sobrenatural, mas reconhecia na religião "um papel importante de união em torno de uma ideia comum e uma ordem moral contra a anarquia do egoísmo".

Contudo, ressalva Hugo Pinto, o filósofo francês imaginou que pelo mundo fora seriam erigidos Templos da Humanidade, mas isso só aconteceu no Brasil e em duas cidades: Rio de Janeiro e Porto Alegre. Hoje, apenas os pilares de um se encontram de pé, frequentado por poucas dezenas de "fiéis".

"A Última Religião" dá a conhecer "as ideias e as pessoas que, hoje, ainda defendem e acreditam num mundo mais dominado pelo conhecimento e pelo altruísmo como formas de combater dois dos maiores problemas à escala global: o fundamentalismo religioso e os horizontes fechados do capitalismo", disse.

Hugo Pinto prepara-se agora para lançar a produção independente, que contou com a realizadora portuguesa Luísa Sequeira, no circuito dos festivais, sem esconder a natural preferência por salas do Brasil, Europa e Ásia.

Questionado se acabou por se render à doutrina, o jornalista responde: "Comte diz que todos somos positivistas, mas em graus diferentes".

"A Última Religião" (Documentário, 2015)




Realização: Hugo Pinto
Produção: Hugo Pinto e Luísa Sequeira (Directora de Fotografia)
Co-produção: Um Segundo Filmes (Portugal)

Estiveram na Proclamação da República do Brasil e até desenharam a bandeira nacional. No entanto, poucos conhecem a importância histórica dos positivistas, os seguidores da doutrina criada pelo filósofo francês Auguste Comte, no século XIX.

O Brasil, terra do samba e do futebol, do Cristo Redentor e do candomblé, é o improvável lugar onde encontramos ainda vivo o legado de um pensador que acreditava no poder libertador do conhecimento.

Comte, considerado o fundador da Sociologia, defendia que o mundo só poderia ser explicado pela ciência e que a Fé seria substituída pela Razão.

Rejeitando um Deus sobrenatural, Comte via na religião, contudo, um papel importante de união em torno de uma ideia comum e uma ordem moral contra a anarquia do egoísmo.

Com esse pensamento fundou a Religião da Humanidade, promovendo valores baseados no amor universal e numa palavra que o próprio Comte cunhou – "altruísmo".

Imaginou que seriam construídos Templos da Humanidade em todo o mundo, mas só no Brasil isso aconteceu, nas cidades do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, onde existe o único ainda em actividade.

"A Última Religião" é um documentário que traça o percurso do Positivismo no Brasil desde o seu auge, a Proclamação da República, em 1889, até aos dias de hoje.

Filmado no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, "A Última Religião" dá a conhecer as ideias e as pessoas que, hoje, ainda defendem e acreditam num mundo mais dominado pelo conhecimento e pelo altruísmo como formas de combater dois dos maiores problemas à escala global: o fundamentalismo religioso e os horizontes fechados do capitalismo.